08/02/2018

Rosa-Sorá





I

Um vínculo entre as clavículas e suas curvaturas em vírgula ou quase raiz quadrada rosa-sorá ave guaneira a mulher-lhama muco-lúpulo e fibra de cotidiano do bulbo capilar às luas minúsculas das lúnulas (corpo de estanho, mas a pele negra haverbera em megafones de sombra, embelezando a viscose amarela), violeta que se cultiva em barrancos de terra vermelha seus olores fortes são como holofotes deâmbar deambulando evadindo-se em uva-verde um vagaroso sopor dos poros ela she il was no contraponto do dia estendida na relva-ruiva diagramada na grama numa terça-feira quente de 40 graus o soro do suor a sola do sol pregada na cabeça cozinhando os miolos dissolvendo o pink do esmalte agora ex(malte) melhor uma pausa ao menos pausa rosa-sorá sóror-rocos esta és la isla de las luces fuertes sobre os olhos pretos-condores presos em quebra-céus oblongando em ranhuras ciliadas essa terça-terçã de 40 graus vai durar muito ainda, ainda restará o  outro lado da réstia do gume-machine a vulva em pelo em cio de cadela quente noiteadentro.


            II
Há um apelo de clave no estreito fôlego de rosa-sorá. Desde os tornozelos até mais ou menos Angra dos Reis, sibilar por entre as partes incomunicáveis de um dia os cantos nas sombras tornar a vê-los depois como bólidos rodopiando-azuis roda de sarás entoando cânticos festivos e de repente tudo em torno: sutilezas em pétalas de esfinge, colorformas jocosas e aparatos quotidianos ela she il is agora em talágaxa e escarpins vermelhos algumas doses de Martini cigarros e soul music para essa mãedrugada que embala todas as suas frustrações ei, cabocla! Ei, mulata! Hé, petit panther! De todos os nomes os que desconheces não lhe são ditos mas engendrados nas parábolas dos gestos involuntários, nos invólucros que encerram as suas próprias cismas os seus próprios sismos , aí você anda deum lado proutro e reanda e desanda porque a hora se aproxima a hora pacman de boca aberta dodecafônica no tilintar das pulseiras os colares os calores okhlan  luidá rosa-sorá não diz nada e é junho. Há círculos polares em torno de si, mas os corações precisam falar.